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Foto do escritorMarcelo Ribeiro da Fonseca

O QUE NINGUÉM DIZ SOBRE CRIATIVIDADE



A criatividade colore o mundo.

Essa é uma frase que ouvi, assistindo o rico Documentário “Como o cérebro cria”

Dirigido por: Jennifer Beamish e Toby Trackman, cuja forma simples e didática de abordar o tema criatividade me despertou interesse em tomar nota dos principais recortes das informações discutidas e compartilhar. E aqui vamos nós!


A criatividade é essencialmente pessoal e faz parte da natureza humana, cujo cérebro tem um importante papel nessa competência. Desde que o mundo é mundo, a criatividade esteve presente, levando o homem das cavernas até a lua.

Nos animais, o cérebro, estímulo e reação estão juntos. No caso dos humanos, expandimos em resposta criativa, misturando e colidindo estímulos. A faculdade criativa do ser humano é capaz de criar cenários análogos, associando, por exemplo, o brincar com o desenvolvimento de grandes tecnologias.


A possibilidade de expansão cerebral nós da outra vantagem, pois temos no córtex pré-frontal, a fonte da imaginação humana, conseguindo imaginar o que não está na nossa frente. Durante nossa evolução ganhamos a capacidade de superar nossos instintos e de considerar as opções antes das decisões, como por exemplo, optar por fazer um tomate uma arte, uma arma ou um brinquedo. Nossos cérebros podem criar novos caminhos, novas conexões, mastigar ideias, pensar em coisas e considerar possibilidades.


A complexidade do cérebro permite o processamento de informações de forma quase ilimitada, e esses incontáveis caminhos são o alicerce para a criatividade. Para tanto é preciso dar algo para a imaginação trabalhar. Tudo o que é visível, existente, um dia foi invisível, na imaginação de alguém, até se construir no mundo real. Cogitar o que não existe é o que separa nossa imaginação dos animais e nos torna seres humanos criativos.


Estamos conectados pela criatividade e podemos nos cercar de várias influencias e estímulos diferentes para criar, combinado novas informações com as que já sabemos pode ser a chave mais importante para o processo criativo, ou seja, quanto mais abundantemente os estímulos, mais o cérebro terá o que explorar.

Os estímulos precisam ser constantemente colididos através de palpites, pois tudo é reconfigurado constantemente pelo cérebro. A criatividade não é só de uma região do cérebro, é da interação de bilhões de neurônios, que enviam trilhões de impulsos elétricos, onde visões e sons se misturam as memórias, pensamentos e emoções velhas e novas. Cada experiência é uma matéria bruta para a criatividade e geração de novas ideias, como enxergar nas caixas, prédios arquitetônicos.


Combine duas ideias e tenha uma terceira. Criatividade não é inventar algo no nada e sim transformar o que já existe. Fragmentar conceitos e transformar o que julgar útil em novas ideias.

Ser original não é criar algo do nada. Talvez a originalidade nunca tenha existido de fato. Não tenha medo de tirar ideias de outras ideias, pois o que criamos é único, por nossas experiências serem únicas. Criatividade é uma questão de olhar e perceber o que há ao redor do mundo, coletar elementos e reunir de uma forma que ainda não tenha sido pensada.


O processo criativo consiste em fantasia e depois realizar. Canalize suas emoções e as transcenda de uma forma artística, como crânios de caveiras em canecas de cerâmica, feitas por emoções de um soldado na guerra.

Faça conexão com pessoas diferentes, pois isso alimenta e desperta habilidades por meio da experiência e fantasia. As experiências da vida nos permitem renascer por dentro, a educação criativa transforma expressões, emoções e provoca efeitos no mundo real.


A criatividade e a parte criativa do seu ser são essenciais à felicidade, pois os vazios que sentimos podem ser preenchidos com lampejos de criatividade.

Como podemos ser mais criativos e aproveitar o potencial da criatividade?


Ser criativo significa lutar contra uma qualidade fundamental do cérebro humano.

Um cérebro humano pesa apenas 1,5 kg, mas usa até 20% de energia do corpo. Como seres móveis que dependem de bateria “comida”, temos que agir de forma mais eficiente possível. Logo, o cérebro escolherá a resposta mais óbvia é o caminho de menor resistência. O cérebro naturalmente escolhe as rotas neurais que representam o que já fizemos antes. A criatividade surge quando saímos do caminho de menor resistência. Todas as boas ideias estão em cada indivíduo, mas precisa ir fundo na rede neural para acessá-la.


Desafie-se a ir mais fundo que a resistência, a tentar algo novo, sair da zona de conforto, aprender habilidades novas, não ficar preso a uma área de especialização. Ficar confuso faz parte do aprendizado. Esteja disposto a errar e achar que está certo quando ninguém mais achar.


Podemos forçar nosso cérebro para sermos mais criativos. Há outro lado do cérebro que pode interferir na nossa criatividade. Nossos cérebros buscam novidade. Eles desejam o que é novo e empolgante por que o antigo conhecido torna-se cada vez mais menos estimulante. Por isso, as ideias criativas precisam existir em equilíbrio com o que é novo e conhecido.


Temos que ultrapassar limites

O desafio é ultrapassar limites. Não existe um ponto fácil de dizer onde fica o ponto ideal, por que se fizermos algo muito chato o mundo nos passa para trás, se fizermos algo muito louco, ninguém nos acompanhará. O segredo é explorar o leque de possibilidades e ir além dos limites em várias coisas para descobrir os limites do que funciona.


Para saber o que dá certo, precisamos transpor os limites do conhecido com o estranho, sair da zona de conforto é arriscado, amedronta, mas pode ser o mais recompensador.


Há uma sombra entre as coisas conhecidas e as distantes e surreais, e há uma espécie de limite do possível. Acessar esse ponto é uma linha tênue pela qual nos movemos. A linha da vergonha, ou a linha do “não consigo falar, nem fazer isso”, ou algo que começa realmente a causar desconforto. Nunca se sabe o resultado, até terminar.


Não tenha medo do fracasso

O cérebro pode interferir no processo criativo. O fracasso é horrível, então, muitas vezes é evitado. Mas é necessário que se faça o contrário. A realidade é que a maioria dos sucessos das pessoas surge das cinzas, dos seus fracassos anteriores. Se não gosta das suas ideias, não gostará de você. Para sermos criativos precisamos tentar algo novo. Transpor limites também é abrir mão do medo de errar, pois o erro gera aprendizagem e podemos aprender a ser mais criativos.


Sabendo da importância da criatividade e da capacidade de cultivá-la, deveríamos ser ensinados a adotar isso desde o início das nossas vidas, mas infelizmente, carregamos heranças contrárias a essas premissas. Por isso, devemos unir a criatividade e arte, colocá-las no centro das disciplinas e desenvolver uma mentalidade criativa.


A arte empodera pela subjetividade e transpassa as barreiras de certo e errado. Todos estão arriscando e tentando, por isso devemos ser nós mesmos. A criatividade pertence a todos e é a ferramenta mais poderosa e transformadora a nossa disposição, com capacidade de mudar vidas e transformar mundo.


zona de conforto

Fonte: André Crevi

Vivemos a Era do Conhecimento, conectada, tecnológica e exponencial e com abundância de recursos. Ter sucesso no futuro é cultivar a criatividade para multiplicar opções, sair do caminho de menor resistência, correr riscos e assim, tirar proveito do que é ser humano, apreciar o mundo e produzir algo, qualquer coisa, que jamais tenha existido antes.

Gratidão por todos os responsáveis pelo documentário.

O neurocientista David Eagleman explora o processo criativo de vários profissionais inovadores e nos mostra formas impressionantes e arriscadas de aguçar a criatividade.

Direção: Jennifer Beamish e Toby Trackman.



Por: Felipe dos Santos Evangelista

Psicólogo, Administrador, Mestre em Inovação, mentor de negócios e startups, pesquisador, palestrante, escritor, educador, especialista e facilitador de abordagens inov-ativas e estratégicas. Head da consultoria de Inovação e administrador da holding Cia Makers.

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